segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mães atentas

O carinho, atenção e disponibilidade da mãe durante a primeira infância condicionam o bem-estar emocional dos filhos não só durante a infância, mas também na idade adulta.

Perto de 500 adultos fizeram parte de um estudo que cruzou a avaliação do seu estado emocional aos 34 anos com a qualidade da interação e do vínculo afectivo com as mães aos oito meses de vida.

Estes dados, recolhidos nos anos 60 faziam parte de um estudo a nível nacional sobre gravidez e primeira infância em que a atenção e disponibilidade das mães para com os bebés foi avaliada por psicólogos. Outros estudos anteriores, que procuraram relacionar o bem-estar, a saúde emocional e a felicidade com o grau de afecto das mães basearam-se sempre nas memórias dos adultos, o que não tem o mesmo valor científico.

A recente investigação revelou que os adultos cujas mães foram mais carinhosas e atentas aos oito meses de idade são os menos angustiados, ansiosos e hostis, os que vivem relações sociais menos complicadas e os que apresentam menos sintomas psicossomáticos. Isto independentemente do meio social em que vivem.

Entre aqueles cujas mães tiveram um nível de atenção médio e aqueles cujo nível de atenção foi considerado baixo não houve grandes diferenças. Os investigadores justificam esta equivalência com o facto de não haver casos problemáticos ou verdadeiramente disfuncionais na presente amostra.

O que sublinham é a necessidade de proporcionar às mães e às famílias melhores condições para que possam criar relações fortes e próximas com os filhos, nomeadamente através do alargamento das licenças de maternidade.

A investigação foi realizada na Duke University Medical School, em Durham, Carolina do Norte e os resultados publicados no Journal of Epidemiology and Community Health.


Fonte: IOL Mãe in http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1182513&div_id=3722

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